22/07/2020

IRMÃS FILHAS DA CARIDADE E A ATUAÇÃO NA PASTORAL CARCERÁRIA EM TEMPOS DE PANDEMIA

 

Estive preso e vieste me visitar”

 

A partir de diferentes realidades, frentes de atuação e público alvo, as Irmãs Filhas da Caridade reafirmam o Carisma Vicentino e apresentam relatos sobre os desafios que a Pandemia do novo Coronavirus trouxe, sobretudo, para a população mais empobrecida. Hoje vamos falar sobre como as Irmãs FC estão erguendo a mão para a população que se encontra privada de liberdade.

Pastoral Carcerária

Ir. Luciéne C. de Melo, coordenadora da Pastoral Carcerária Regional Sul 2, fala sobre os desafios em acompanhar, motivar e orientar os 18 coordenadores diocesanos e os agentes, oferecendo as eles o apoio necessário para a continuidade da importante missão junto aos irmãos/ãs encarcerados e seus familiares. 

Ela explica, que em todo o estado os coordenadores têm feito campanhas para arrecadar alimentos e kits higiene, para aliviar o sofrimento dos encarcerados e funcionários do sistema prisional. Na região metropolitana onde concentra mais de 11 mil presos, Ir. Luciéne integra o Conselho da Comunidade e Observatório Social em questão da saúde do preso, Crise no Sistema Prisional. Também participa de grupos de trabalho da Defensoria Pública, onde através de reuniões remotas, por meio de Lives, discute e encaminha demandas relacionadas as prisões e denúncias de torturas no cárcere.

Ir. Luciéne relata que com o agravamento dos riscos de contágio da Covid 19, as visitas de familiares às unidades prisionais foram suspensas. No entanto, adotando todos os cuidados e medidas sanitárias, ela tem tentado manter articulação com a direção das unidades, para realizar a entrega de cestas básicas e kits higiene. Outra frente importante, é o trabalho com os egressos e familiares nas denúncias de tortura e maus tratos dentro das unidades.

De acordo com Ir. Luciéne, a atuação na Pastoral Carcerária “é um árduo trabalho, mas vejo a presença de Jesus em cada um deles, isso me   fortalece e motiva minha missão, partilhando com eles esse Jesus que também foi preso torturado. ”